quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Santuário

בְּמִקְדָשׁוֹ תָּגֵל נַפְשִׁי
Adon Olam


Subindo a montanha
no encalço de um verdadeiro amor
Uma graça que abraça
Um vento que afaga
Sentindo a brisa do mar,lá embaixo
A vida se faz grande
Água,fogo,terra,e ar
juntos para purificar
e não só isso,vem pra levar as dores
e lavar as portas do seu santuário


Santuário que não é físico
mas representa ou abriga o mundo
O encontro da terra com algo mítico
Trazendo a paz enfim,ao fundo
Olhos fechados,sentindo a terra
Num instante penso na vida sem guerras
que essa misericórdia proporciona
Sentimentos dançam com o vento 
e finalmente eu entro
Na casa da beleza,vestido com a pureza
recebendo bençãos de algo
que não conheço,mas sei que é grande

Amém

sábado, 26 de maio de 2012

MEU RECIFE


"Que adianta se o Recife está longe e a saudade é tão grande que eu até me embaraço.

Batidas de bumbo, s
ão maracatus retardados chegando à cidade cansados com seus estandartes no ar.

Ô saudade,saudade tão grande"
Antônio Maria-Frevo nº 1 do recife









Coração que pulsa incandescente sobre as águas
Águas que te banham,te inundam
Inundações de alegria,ao som do frevo
Frevo que é a tua bandeira,tua dança
Dança que encanta como ninguém
Ninguém é mais forte
Meu bravo leão do norte
Contigo a sorte não poderia ser mais favorável
Com tuas tardes amáveis e tua terra quente
onde não há inverno.

Pontes que contam tua história
Rios que cantam tua glória
Bancos que guardam tua memória
Ruas belas e simplórias
Rua Direita,Nova e da Aurora
Imperatriz,a Dantas e a da Hora
Calor que as vezes não se suporta
Em ruas sinuosas e tortas
Em avenidas imensas onde só a pressa importa
Onde ganhas vida

Um povo de sangue quente
Nada é mais belo que a tua gente
Enfrentam o que vem pela frente
Plantando do amanhã,a semente
Terra de artistas,Terra do talento
Terra de canções impermeáveis ao tempo
De todos que lutam contra o vento
Infelizmente,uma terra de contrastes
e de violentos embates que levam da vida teus rebentos

Mas é teu próprio povo que vem te destruindo
Teus velhos prédios históricos de tinta preta vem se cobrindo
O lixo ta no teu cotidiano,violência nem se fala
Só se liga pra dinheiro e o teu governo se cala...

Mas eu fico com tuas paisagens
Teu por do sol as margens,do nosso capibaribe...

Cidade dos manguezais,de musicalidade pulsante
Hoje estou longe de ti
e a saudade é cortante.
Mas,sei que vou voltar
meu bravo leão do norte
Por tudo que em ti existe
mesmo depois da morte
SERÁS SEMPRE MEU RECIFE...



O grito

                                             

Reverberando das crateras mais profundas da garganta
Ele surge como a expressão do desespero
Um gigante adormecido,vem
Alto,claro,retumbante,pra limpar
E um coração fraco,machucado,entristecido
enlouquece com a dor e a lucidez do próprio grito...